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O coronavírus e o mercado brasileiro
17/mar/2020

O coronavírus e o mercado brasileiro

Estamos apenas iniciando este novo cenário global, porém compreendemos que é nosso papel estar atento às mudanças e novos comportamentos do consumidor frente ao COVID-19.

Todos os dados do coronavírus a que temos acesso no momento são a nível mundial, mas entendemos que podemos extrair deles alguns insights e tendências de comportamento da sociedade.

Enxergo esse cenário em 3 fases:

FASE 1

Compreensão, conscientização e providências

Aqui o público vai analisar (ainda que de forma inconsciente) como as empresas e marcas estão se posicionando frente à crise do coronavírus.

Nosso papel é fazer as adequações estruturais pensando em todos os stakeholders da empresa (públicos interno e externo).

Qualquer movimento que vise ou dê prioridade a questões financeiras tende a ser obviamente mal recebido pela sociedade e, consequentemente, por seus consumidores.

FASE 2

Mudanças comportamentais

Uma vez estabelecido o novo hábito de “quarentena” por causa do coronavírus, teremos algumas mudanças na comunidade: menos interações ao vivo, mais interações virtuais entre familiares, amigos e também cliente-empresa.

Teremos também mais oportunidade para nos dedicar a nós mesmos. Quem sabe não será o caso de revisitar hábitos antigos como ler um livro e tocar ou ouvir uma boa música, por exemplo.

Nessa fase, observaremos novas tendências de comportamento e interesses de busca na internet em função do coronavírus.

Como observamos no quadro abaixo, no período da quarentena na China, tivemos um alto índice de interesse nos assuntos de Games, Educação e Entretenimento.

A procura on-line na quarentena da China

O mercado brasileiro tem suas próprias especificidades, mas é possível enxergar nesses dados alguns cenários de oportunidade.

Outra característica importante em que acredito é que, com mais tempo em casa, as pessoas tenderão a analisar mais detalhadamente suas vidas e se planejar para o futuro.

Se estivermos atentos a esses sinais, observaremos oportunidades de atuação.

FASE 3

Fim do ciclo

Nesse cenário, o pico da crise do coronavírus já terá passado e o dia a dia da população voltará a se normalizar.

Acredito que esse processo será abrupto, da mesma forma que foi o início da fase 1.

Todos os segmentos de mercado estarão ávidos pela normalização comercial e certamente teremos uma grande demanda reprimida.

Os impactos globais na economia serão uma realidade. Não há como fugir disso.

Infelizmente, como em toda crise, as classes sociais mais desfavorecidas serão as mais impactadas e o mercado precisará entender e se ajustar para essa nova dinâmica de oferta.

Na prática, imagino que voltaremos algumas casas no tabuleiro econômico e regressaremos a um cenário de 2016/2017 em relação a poder de consumo.

Acredito que será papel das empresas construir alternativas comerciais para entender esse novo momento e buscar engenharias financeiras para garantir a retomada do fluxo de caixa e conversão de resultados no mundo pós COVID-19.

Por fim, gostaria de deixar uma mensagem dizendo que esse momento que estamos passando servirá para colocar à prova todos os valores mais relevantes que temos.

Embora a esfera econômica e financeira seja sempre muito importante, precisamos deixar o lado humano falar mais alto. Compreender que nem tudo se resume a números e que, ainda que você não consiga retomar sua margem de lucro ideal, dividir conquistas é sempre melhor do que vencer sozinho.

Sorte a todos nós.

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17/mar/2020

O coronavírus e o mercado brasileiro

Estamos apenas iniciando este novo cenário global, porém compreendemos que é nosso papel estar atento às mudanças e novos comportamentos do consumidor frente ao COVID-19.

Todos os dados do coronavírus a que temos acesso no momento são a nível mundial, mas entendemos que podemos extrair deles alguns insights e tendências de comportamento da sociedade.

Enxergo esse cenário em 3 fases:

FASE 1

Compreensão, conscientização e providências

Aqui o público vai analisar (ainda que de forma inconsciente) como as empresas e marcas estão se posicionando frente à crise do coronavírus.

Nosso papel é fazer as adequações estruturais pensando em todos os stakeholders da empresa (públicos interno e externo).

Qualquer movimento que vise ou dê prioridade a questões financeiras tende a ser obviamente mal recebido pela sociedade e, consequentemente, por seus consumidores.

FASE 2

Mudanças comportamentais

Uma vez estabelecido o novo hábito de “quarentena” por causa do coronavírus, teremos algumas mudanças na comunidade: menos interações ao vivo, mais interações virtuais entre familiares, amigos e também cliente-empresa.

Teremos também mais oportunidade para nos dedicar a nós mesmos. Quem sabe não será o caso de revisitar hábitos antigos como ler um livro e tocar ou ouvir uma boa música, por exemplo.

Nessa fase, observaremos novas tendências de comportamento e interesses de busca na internet em função do coronavírus.

Como observamos no quadro abaixo, no período da quarentena na China, tivemos um alto índice de interesse nos assuntos de Games, Educação e Entretenimento.

A procura on-line na quarentena da China

O mercado brasileiro tem suas próprias especificidades, mas é possível enxergar nesses dados alguns cenários de oportunidade.

Outra característica importante em que acredito é que, com mais tempo em casa, as pessoas tenderão a analisar mais detalhadamente suas vidas e se planejar para o futuro.

Se estivermos atentos a esses sinais, observaremos oportunidades de atuação.

FASE 3

Fim do ciclo

Nesse cenário, o pico da crise do coronavírus já terá passado e o dia a dia da população voltará a se normalizar.

Acredito que esse processo será abrupto, da mesma forma que foi o início da fase 1.

Todos os segmentos de mercado estarão ávidos pela normalização comercial e certamente teremos uma grande demanda reprimida.

Os impactos globais na economia serão uma realidade. Não há como fugir disso.

Infelizmente, como em toda crise, as classes sociais mais desfavorecidas serão as mais impactadas e o mercado precisará entender e se ajustar para essa nova dinâmica de oferta.

Na prática, imagino que voltaremos algumas casas no tabuleiro econômico e regressaremos a um cenário de 2016/2017 em relação a poder de consumo.

Acredito que será papel das empresas construir alternativas comerciais para entender esse novo momento e buscar engenharias financeiras para garantir a retomada do fluxo de caixa e conversão de resultados no mundo pós COVID-19.

Por fim, gostaria de deixar uma mensagem dizendo que esse momento que estamos passando servirá para colocar à prova todos os valores mais relevantes que temos.

Embora a esfera econômica e financeira seja sempre muito importante, precisamos deixar o lado humano falar mais alto. Compreender que nem tudo se resume a números e que, ainda que você não consiga retomar sua margem de lucro ideal, dividir conquistas é sempre melhor do que vencer sozinho.

Sorte a todos nós.

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