O novo espectador e o debate presidencial
Em nove de agosto de 2018, não se falava sobre outra coisa. O primeiro debate presidencial do ano, na Rede Bandeirantes, foi dividido em cinco blocos com perguntas de eleitores, jornalistas e concorrentes. Oito pré-candidatos estavam presentes, todos de coligações com, no mínimo cinco, congressistas.
Mas como as mudanças no modo de usarmos a tecnologia transformaram as coisas dos debates de 2014 para este?
Para começarmos a entender essa mudança, vamos retornar à eleição presidencial dos EUA em 2016. O debate entre o atual presidente americano Donald Trump e sua concorrente Hillary Clinton foi recorde nas interações do Twitter, e o vídeo oficial do evento já tinha obtido mais de 124 milhões de visualizações em menos de uma semana. Comparando com a audiência televisiva, de 63 milhões, o YouTube contou com quase o dobro de espectadores.
Voltando para a nossa realidade, as visualizações do YouTube na manhã seguinte ao debate deste ano, no Brasil, foram de 2 milhões e 229 mil espectadores. Já na TV, a audiência foi de mais de 4 milhões, o que não chegou a superar a mídia tradicional, mas representou uma parcela bastante significativa de pessoas que acompanharam o programa.
Uma novidade no formato da transmissão foi a parceria da Bandeirantes com o YouTube. Esta gerou o recorde de visitações na página oficial da emissora. Às 23h55, o número de visualizações ao vivo já passava dos 377 mil.
O Google também fez uma parceria com a Band, e indicou que o pré-candidato mais buscado foi Jair Bolsonaro (PSL), seguido de Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Alvaro Dias (Podemos) – o candidato em maior crescimento nas pesquisas –, Cabo Daciolo (Patriota), Marina Silva (Rede), Guilherme Boulos (PSOL) e Henrique Meirelles (MDB). O Google também realizou um apanhado com as tendências dos nomes por minuto do debate e por estado. Além disso, foi produzido um painel interativo do Google Data Studio com o interesse de busca de cada candidato e os assuntos pesquisados em relação ao acontecimento.
Já no Twitter, a hashtag #DebateBand ficou nos Trending Topics no Brasil e no mundo. Além dessa tag, os nomes de alguns candidatos também ficaram entre os termos mais falados nacionalmente e mundialmente. Sem contar com a enxurrada de memes e brincadeiras feitos pelos usuários, gerando ainda mais conteúdo sobre o debate.
Uma nova era, em que a grande tendência é se informar e gerar informação, está aí. E os gigantes da comunicação já perceberam isso. Esperamos para conferir os próximos passos desse avanço.
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